19 março, 2015

Gordices

Olá, hoje vim falar um pouco sobre algo que tem me incomodado bastante: minhas gordices! Vou contar brevemente sobre o meu processo de engorda-emagrece-engorda

Meu auge de peso foi no início de 2013, com 78 kg (não tenho muita frescura em falar quanto peso, ok?), daí decidi que assim que terminasse a minha fase de qualificação do mestrado, em maio do mesmo ano, eu iria buscar uma nutricionista e tentar levar uma vida mais saudável. E assim acontecem, cheguei ao final de 2013 com 68 kg (uhu!). Porém, em 2014 começou uma nova fase em minha vida, eu iria defender o mestrado em fevereiro, começaria em uma trabalho novo em março, estava verificando os preparativos para o meu casamento...então acabei colocando toda minha ansiedade na comida e também já estava um pouco desmotivada na academia. Passei o ano de 2014 inteiro brigando com a balança e por inúmeras vezes eu seguia o plano alimentar dado pela nutricionista por uns três dias, depois me entregava à síndrome da gorda louca, e comia um monte de besteiras, não ia à academia, e depois batia um profundo arrependimento, e hoje, 19 de março de 2015 devo estar com uns 73 ou 74 kg, neste ciclo repetidamente.

Mas o blog é sobre minimalismo, certo? O que esta historinha ~comovente~ tem a ver?

É que pra mim não é tão difícil deixar de comprar roupas, sapatos, maquiagens, bolsas, etc, tenso é deixar de consumir gordices. Levar uma vida mais simples inclui uma alimentação mais saudável, com menos industrializados, isso faz bem para o corpo, mente e bolso! Mas em qualquer momento de estressezinho, insatisfação, ansiedade ou até mesmo alegria eu me "presenteio" com chocolate e outras coisas não muito saudáveis, e não é pouco, não, viu?


Não posso prometer que serei uma pessoa super fitness, mas vou tentando, caindo e levantando sempre, não somente pela perda de peso, que gera uma auto-estima maior, mas também pela minha saúde. Quero ter disposição ao longo da minha vida, poder brincar com os possíveis filhos e não depender muito de medicamentos e hospitais futuramente.
Ah, deu síndrome da gorda louca hoje, depois do almoço, mas pretendo voltar à ~programação normal~ no jantar.

Até!

10 março, 2015

Procrastinação e o caso do meu artigo

Eu tenho algumas ideias para postar, mas diante da minha atual situação considerei válido falar sobre procrastinação, definida como o ato de fazer algo mais tarde, adiar alguma coisa, ou seja, deixar pra amanhã (ou até depois de amanhã) aquilo que se pode fazer hoje.

Estou com um problema sério de procrastinação em relação ao artigo científico que devo produzir “resumindo” o meu trabalho do mestrado. É um trabalho longo, demorado, que precisa de atenção, já iniciei algumas etapas da escrita dele, porém o maior problema é a falta de tempo. Tenho a impressão que eu quero terminar de escrever e discutir os resultados apresentados em apenas um dia intenso de trabalho, e na verdade não pode ser assim. Minhas orientadoras já me deram as direções, mas é tanto detalhe para olhar, muitos outros artigos para ler que eu simplesmente não dou prosseguimento em nada com esta desculpa de falta de tempo.

Tenho pouco tempo disponível sim, trabalho, vou para a academia, cuido da casa, tenho família, namorado...mas e nos “tempinhos” livres? Eu poderia aproveitá-los para terminar logo o artigo e ter mais tempo livre, sem preocupações.

Embora eu tenha uns intervalos ao longo do dia eu fico tão preocupada com as atividades inacabadas que este tempo não é livre de fato, eu não faço nada de importante, porém não paro de pensar no que deveria estar fazendo (ficou confuso?).

Partindo deste meu caso de procrastinação comecei a refletir sobre o quanto a gente deixa as obrigações para depois. Tem tarefa que é muito chata de cumprir, eu sei, mas é preciso fazê-la, e quanto antes terminar, mais tempo livre haverá e neste processo também aprendemos a ter mais disciplina.

Portanto, a partir de hoje decidi que vou fazer um pouquinho de esforço por este artigo até terminá-lo, e também pretendo não adiar outras tarefas e projetos que tenho na minha vida. Como inspiração e dica recomendo este post da Thais Godinho, do vida organizada

Até mais!

05 março, 2015

Destralhar é preciso

Assim que descobri o minimalismo decidi que eu deveria começar o chamado destralhe, doar, vender, jogar fora tudo que não uso. Achei que seria super fácil, afinal eu tento ser organizada de modo geral, mas o buraco era mais embaixo...vou descrever abaixo etapa por etapa do meu destralhe, em seguida darei umas dicas.

Papéis e documentos
Numa sexta-feira, após voltar do trabalho, comecei o destralhe pelos papéis. Eu tinha uma pasta e 2 caixas de documentos, daí fui retirando extratos bancários que eu não precisava, contas pagas eu também, afinal os comprovantes de pagamento ficam salvos no meu google drive, joguei fora documentos, cartões e carteirinhas fora da validade, alguns contratos que pode-se achar em pdf na internet, comprovantes emitidos pelas faculdades (que já terminei há um tempinho), enfim, todo e qualquer papel sem utilidade ia para o lixo, deixei apenas alguns para rascunho e agora eu conto apenas com uma pastas daquelas com divisórias e a caixa está praticamente vazia, só uns documentos pessoais que não levo na carteira.

Dica: Você vai precisar de muito tempo, eu gastei cerca de 4 horas, pois tem coisas que a gente nem lembra que guardou, cartinhas, comprovante de pagamento daquela conta de 1998 (exagero!), papel de bala dado pelo ex (isso eu não guardo nem do atual rsrs)...e anote em um caderninho aqueles contatos que ficam em pedaços de papéis

Livros
Deixei este item e os demais para sábado, porque eu tava acabada depois de separar tanto papel e fui dormir. Eu tenho uma estante com duas prateleiras, ambas estavam ocupadas por livros, atualmente apenas uma cumpre esta função. Separei livros para doação, outros pra vender e alguns tive que jogar fora porque estavam sem condições de uso.

Dica: Separe aqueles que você não se desfaz de jeito nenhum e retire o pó, caso tenha, os demais separe em pilhas para doar/vender/jogar fora. Não se esqueça de olhar dentro dos livros, as vezes esquecemos papéis lá dentro.

Maquiagens, bijuterias e afins
Primeiro fui conferindo a data de validade de cada maquiagem e cosmético que eu tinha, infelizmente não deu pra doar o que tinha vencido, foi pro lixo, vai que alguém passa mal e depois sobra pra mim, né? Separei o que eu usava com frequência daquelas coisas que eu usei poucas vezes ou comprei por impulso, o que eu ainda utilizava ia pra gavetinha de maquiagens e organizadores e o restante eu separava pra doar/vender. Fiquei super feliz quando vi todas as minhas bijuterias e acessórios de cabelo caberem em uma gavetinha daqueles organizadores, sabe?

Dica: Confere a validade e descarta o que está vencido, depois faça as seguintes perguntas para cada item: “Eu uso ou vou usar isso? Quando?”, “Eu realmente preciso deste item?”. Dependendo da resposta você já sabe como proceder :) . Na hora de arrumar tente deixar tudo funcional e acessível, pois não adianta você organizar e depois os itens ficarem escondidos, a probabilidade de esquecer que o tem é bem grande.

Roupas e sapatos
Eu já possuo o costume de doar roupas e sapatos, mas havia algumas coisas que eu ficava com muita dó de tirar do guarda-roupa, outras eu guardava para uma ~ocasião especial~, mas ai veio o truque de fazer aquelas mesmas perguntas “Eu uso ou vou usar isso? Quando?”, “Eu realmente preciso deste item?”, então ficou menos traumático me desapegar. gastei cerca de uma hora nesta etapa, até que não foi demorado, e ainda ganhei um $$$ com a venda do que não quis mais :D

Cozinha/lavanderia
A casa que moro atualmente possui apenas dois cômodos, por isso não foi tão difícil organizar tudo, e quando eu me mudei comprei apenas o necessário para a cozinha, e tem um outro detalhe: vou me casar em breve, então nem adianta ficar comprando muito, acaba ficando mais complicado na hora de mudar pra casa nova. Na cozinha/lavanderia eu só organizei a caixa onde guardo produtos de limpeza e de higiene, as vezes eu jogava umas tralhas lá e nem lembrava da existência delas, e também verifiquei alimentos vencidos no armário de geladeira.

Dica: Verifique a data de validade dos alimentos e deixe-os organizados, se desfaça daqueles potinhos e utensílios que você só guarda porque tem dó de doar/jogar fora. Ah, se você ganha itens de utilidade doméstica use-os, não faça como minha vó, que guarda tudo pra tal da ocasião especial e esta nunca chega.
Momento confissão: ainda bem que aquelas máquinas de fazer cupcakes estavam caras na blackfriday do ano passado, senão eu iria comprar e seria mais uma coisa encostada na cozinha.

Banheiro
Aqui foi super rápido, até porque a única tralha que eu tinha eram frasco de shampoo, condicionador e cremes diversos vazios. Descartei o que não tinha mais conteúdo, no banho usei aqueles que restavam apenas um pouco de conteúdo. Eu tenho uns 3 frascos com óleo de banho e 1 frasco de hidratante de banho, então decidi que vou terminar de usá-los e depois vou optar por um ou outro para hidratar a minha pele.

Dica: O que você usa com frequência no banho ou na sua higiene diária? Deixe apenas isso no banheiro, sei que é tentador aquele cheirinho de hidratantes para banho, esfoliadores ou cremes de tratamento para o cabelo, mas contenha-se. Se Você é adepto ao tal do cronograma capilar deixe apenas as máscaras que usa de fato, e se desfaça daquelas que comprou apenas para testar mas não deu muito certo no seu cabelo.

Eita post enorme! Mas espero ter ajudado alguém com as dicas. Se você também está nesta vibe de destralhar conte como foi!

03 março, 2015

O poder do silêncio

O minimalismo prega não apenas o desapego das coisas materiais, mas também o desapego de hábitos que não nos fazem muito felizes e não nos deixam focados no que realmente importa. Pensando nisto hoje, percebi que vivemos com tanto barulho (externo e interno), tanta falação, que o silêncio as vezes assusta. Sabe quando você encontra um conhecido no trem, trocam algumas palavras, mas depois acaba o assunto e vem aquele silêncio sepulcral? Então, nem sempre eu me sinto confortável nestas situações, porém, recentemente descobri o quanto silenciar pode fazer bem pra gente.

Como descobri? Na aula de pilates da universidade onde trabalho! A professora antiga do pilates costumava colocar umas musiquinhas pra gente relaxar, mas ela teve que sair e entrou um outro professor no lugar dela. Este professor não coloca músicas, ele vai descrevendo o exercício com uma voz bem calminha e é apenas este o som que ouvimos ( na verdade também ouvimos o barulho dos carros na rua, embora as aulas sejam realizadas no 11º andar, mas isso não é culpa nossa nem do professor...).

Sério, vocês não noção do quanto é bom não pensar em nada, por exemplo, trabalhos a fazer, tarefas do lar, o que comer no almoço...a única coisa em que eu focava no momento da aula era o exercício e afirmo que só consegui esquecer as outras coisas porque havia o quê? Silêncio!

Meu objetivo não é criticar quem gosta de barulho e agito, inclusive estudo, arrumo a casa, caminho, faço exercícios físicos e até trabalho ouvindo música, eu também costumava dormir com a TV ligada (tenho a função sleep), mas ter este momento de ~paz interior~ fez eu me conectar mais comigo mesma (“comigo mesma” é redundante?).

Portanto, você que tá lendo este texto: tira uns 10 minutinhos do seu dia pra poder apreciar um pouquinho mais o silêncio! Faz bem!

O que é minimalismo?

Primeiramente vou explicar como encontrei o minimalismo, antes mesmo de saber o que significava. Eu havia decidido desde fevereiro de 2015 não gastar tanto dinheiro, controlar os impulsos e tentar deixar de ser um pouco consumista, e olhando dicas daqui e dali na internet acabei chegando no minimalizo, ai fui lendo a respeito e achei interessante, e aplicá-lo à minha vida era o que eu precisava fazer.
Agora vamos às explicações de fato: resumidamente, minimalismo é eliminar os excessos o focar apenas no essencial. De acordo com o texto da Graziella, do minimalismo na prática, a palavra minimalismo se refere à movimentos artísticos e culturais no século XX que utilizavam pouco elementos como base, focando apenas no que era necessário, sendo assim, a filosofia minimalista prega os mesmos preceitos.

Aos poucos eu vou implementando esta filosofia em minha rotina, mas não é fácil...no dia que resolvi ser minimalista decidi chegar em casa e fazer o tal do destralhe, separar o que era pra vender, doar, jogar fora ou permanecer comigo, mas fui percebendo que a tarefa era árdua mesmo pra mim, que costumava arrumar a caixa onde guardo documentos todos os anos.

Enfim, ao longo das postagens eu falarei um pouco mais sobre este novo ~estilo de vida~ e outras coisas relacionadas.


Enjoy!